sábado, 20 de novembro de 2010

Crueldade

Tão

Tão bom barbeiro
que cortava até juba de leão.

Tão bom bombeiro
que apagava até fogo de vulcão.

Tão bom veterinário
que fazia condor ficar sem dor.

Tão bom professor primário
que transformava um burro num doutor.

Tão bom atleta
que só ouvia dizer: "Vencestes!"
                                                                                                         José Paulo Paes
Mas não tão mau poeta                                                                              Lé com cré
que escrevestes um poema como este.                                   Ed. Ática, São Paulo, 1994



O texto acima, foi retirado do livro das autoras Angiolina Bragança & Isabella Carpaneda, chamado VIVA VIDA, Português vol. 4, da Ed. FTD. Saudades da infância, onde tudo era mágico, e não havia pessoas insensíveis aos olhos...

Ás vezes temos solavancos... formas de crescimento e delírio, sanidade e queda... e daí, só se pode prender-se em uma coisa: SONHAR. Pois não vai restar mais nada, depois que te tiram o sono, o teto, a comida, a coragem, a vontade, a vida... nos sobra os SONHOS...
E é no SONHO de que a crueldade, a insensibilidade,(putz, fugiu a palavra, mas não é evaporar), que as duas sumam (mas de um jeito bem marciano), para que assim o meu mundo tenha uma chance de sobreviver...

É falado isso muito melhor em um outro blog, um que esqueço de falar, mas não esqueço de "blogar"...

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